Centro é a região portuguesa com mais suicídios e a culpa é da crise
“A crise está a fazer com que alguns dos fatores sociológicos que podem concorrer para o suicídio estejam na ordem do dia”. Quem dá o alerta é Carlos Braz Saraiva (na foto), psiquiatra responsável pela Consulta de Prevenção de Suicídio nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). De acordo com o especialista, fatores como “o desemprego, o divórcio, a insegurança ou a falta de horizontes”, que crescem em altura de dificuldades, estão mesmo a contribuir para a evolução do perfil do suicida.Se antes os dados mostravam que o suicida “médio” português era homem, com mais de 50 anos, a viver na Grande Lisboa, Alentejo ou Algarve, separado, divorciado ou viúvo, desempregado ou reformado, com escassos rendimentos, baixos níveis de instrução e socialmente isolado, entre outras particularidades, hoje algumas destas características estão a mudar.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2009, a região Centro foi a zona portuguesa que mais suicídios registou: 267 contra os 238 de Lisboa ou os 202 do Alentejo. Além disso, o número de suicídios aumentou, no total nacional, de 914, em 2006, para 1.014, há dois anos.
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