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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Notícias

Corte nas verbas para tratar toxicodependentes custará vidas - deputado do PS
 
Lisboa, 14 dez (Lusa)

A apresentação de um relatório estrangeiro que elogia o combate à toxicodependência em Portugal serviu hoje para vários responsáveis alertarem para as consequências de alterações de política, que um deputado socialista disse poderem vir a causar mortes.
A sessão onde foi divulgada a versão portuguesa da publicação "Política da Droga em Portugal - Os benefícios da descriminalização do consumo de drogas" contou com a presença do magnata britânico Richard Branson, fundador da Grupo Virgin e membro da Global Commission on Drug Policy, que se deslocou propositadamente a Lisboa.
O fim do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e a sua substituição por uma direção-geral com eventuais alterações na política de combate ao consumo de drogas acabou por ser a questão que dominou a generalidade das intervenções.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Umbrella Party advertiu alunos para riscos da toxicodependência Versão para impressão Enviar por E-mail
Edição 349
Publicado por Ana Assunção   
Sexta, 02 Dezembro 2011 13:45

Os guarda-chuvas costumam ser usados para proteger da chuva, mas neste caso em concreto, na Umbrella Party, foram o mote para a prevenção de comportamentos de riscos.
Esta foi uma festa promovida pelo Plano Municipal de Prevenção Primária das Toxicodependências (PMPPT) em parceria com a ASAS (Associação de Solidariedade e Ação Social), com a Cruz Vermelha Portuguesa- Delegação da Trofa e com a Irmandade e Santa Casa da Misericórdia. Estas três instituições atuam junto dos agrupamentos escolares da Trofa com o objetivo de prevenir os alunos para comportamentos de risco, informando-os e sensibilizando-os para o problema da toxicodependência.
“Durante todo o ano letivo, a ASAS trabalha com o Agrupamento da Trofa, o Agrupamento do Castro é trabalhado pela Santa Casa da Misericórdia e o Agrupamento de Coronado e Covelas é intervencionado pela Cruz Vermelha, de forma a ensinar os alunos a dizerem 'não' de uma forma informada”, adiantou Carla Lima, porta-voz das três associações.
José Magalhães Moreira, vereador da Ação Social, considera importante a prevenção da toxicodependência junto dos mais jovens. “É essencial prevenir os mais jovens para estes riscos, e alertá-los para o facto de que muitas vezes quando se chega à fase curativa são poucos os casos que têm sucesso. Felizmente, aqui na Trofa, também temos apostado muito nesse sentido e temos aqui o IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência) que auxilia toxicodependentes a fazerem a desintoxicação. Mas no meu ponto de vista, a prevenção é essencial e por isso mesmo a autarquia investe cerca de 25 mil euros neste projeto uma vez que os resultados que têm sido obtidos são excelentes”, asseverou o vereador.
Nesta festa não faltaram guarda-chuvas de todas as cores e feitos, que foram preparados pelos alunos e baseados em temas alusivos à prevenção da toxicodependência. Mas festa que é festa tem de ter música e por isso mesmo uma turma de S. Romão do Coronado apresentou uma coreografia intitulada “S. Romão a Prevenir” antes da atuação das bandas “For4Saken” e “Efeito Zero”.
O montante angariado com as entradas nesta ‘party’ vai servir para a aquisição de material educativo para os agrupamentos escolares envolvidos no PMPPT.
Para saber mais sobre este projeto pode consultar o blog: parceria-trofa-pmppt.blogspot.com.

Escola Profissional de Vidigueira esclarece alunos sobre toxicodependência
A Escola Profissional Fialho de Almeida de Vidigueira promove hoje e quarta-feira sessões de esclarecimento e sensibilização com a temática “Toxicodependência - As Tuas Escolhas”.
As sessões foram planificadas no âmbito do Programa de Respostas Integradas de Vidigueira que se encontra a decorrer fruto de uma parceria estabelecida entre entidades como a Câmara Municipal de Vidigueira, o Instituto da Droga e da Toxicodependência, a Guarda Nacional Republicana e o Centro de Saúde de Vidigueira.
As sessões de esclarecimento e sensibilização terão a duração de cerca de noventa minutos e irão abranger todos os alunos daquela Escola.
Os estudantes terão a oportunidade de esclarecer as suas dúvidas relativamente ao consumo de álcool e estupefacientes. 


in http://www.radiopax.com/noticias.php?go=noticias&id=13838&d=noticias

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Extinção do IDT fará detonar “novo surto do tráfico e consumo”, diz PCP

O PCP defendeu hoje que a extinção do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) terá um efeito detonador "num novo surto do tráfico e consumo de drogas ilícitas" e alcoolismo, provocando um retrocesso aos índices dos anos 1980.

"Nesta conjuntura, de agravamento da recessão económica e regressão social e de afundamento do país, a liquidação do IDT terá no curto/médio prazo um efeito detonador num novo surto do tráfico e consumo de drogas ilícitas e dos problemas ligados ao álcool, fará recuar, tendencialmente, o país para os índices dos anos 80", defendem os comunistas, em comunicado.

O PCP considera que a extinção do IDT transformará a intervenção do Estado nesta área em "respostas de caridade e propaganda" como as do "extinto projecto Vida", levando a uma situação de "criminalização dos consumidores, perseguidos pela polícia, e para a eclosão de bairros de marginalidade e criminalidade massiva".

"A não ser travado, será o regresso ao flagelo social dos governos de Cavaco Silva e aos bairros do tráfico, novos Casal Ventoso, por todo o país", acusam.

O grupo de trabalho para as questões da Toxicodependência e Narcotráfico do PCP critica que o Executivo esteja a seguir a "via do ‘facto consumado'" e não a "implementação de uma nova política" que "está a proceder à destruição da estratégia consolidada do país nesta matéria".

"A evolução positiva da situação nacional nesta matéria, que já tinha sofrido um refluxo com os cortes do governo PS, leva agora uma machadada mortal com o OE de 2012, que reduz as verbas para esta área em 13 por cento (menos 16 por cento para pessoal e menos 17 por cento para fármacos)", argumentam.

Na quarta-feira, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Leal da Costa, anunciou que o IDT será extinto e transformado numa direcção-geral - Serviço de Intervenção dos Comportamento Aditivos e Dependências (SICAD).

O presidente do IDT, João Goulão, admitiu hoje que não apoiaria a decisão de passar o tratamento e prestação de cuidados a toxicodependentes e alcoólicos para as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e alertou que um possível desinvestimento pode ser "perigoso".

"Estamos preocupados e gostaríamos de ver garantida a continuidade do modelo integrado que vimos praticando, mas é prematuro fazer algum tipo de julgamento ou entrar em desespero", disse.

O ainda presidente do IDT disse que gostaria que fosse mantida a independência do programa vertical que tem sido gerido até aqui e alertou que o actual contexto económico-social "é propício a que haja um recrudescimento do fenómeno".

in http://www.publico.pt/Sociedade/-extincao-do-idt-fara-detonar-novo-surto-do-trafico-e-consumo-diz-pcp-1517642

Droga com efeitos semelhantes a LSD legal em Portugal

A erva salvia, uma substância que provoca efeitos semelhantes aos do LSD, é legal em Portugal, estando a procura a aumentar entre os jovens europeus, de acordo com a percepção do Instituto das Drogas e Toxicodependência (IDT), noticia a Lusa.

Reconhecendo que se sabe pouco sobre o consumo de salvia em Portugal, a directora clínica do IDT explicou à Lusa o interesse crescente por esta substância com os efeitos provocados, entre eles, «alucinações, despersonalização e desrealização» que conferem «algum misticismo» à erva.

«A salvinorina [nome científico da salvia] tem uma particularidade» em relação às outras substâncias que geralmente se fumam em cachimbo de água: «A salvinoria do tipo A produz um efeito analgésico, a pupila fica pequena e, curiosamente, surgem alterações da percepção e da visão, alucinações», explicou Graça Vilar, acrescentando que este é normalmente o efeito procurado pelos consumidores.

«As sensações que provoca conferem-lhe algum misticismo. Ao actuar causa perturbações como a despersonalização e a desrealização», disse ainda Graça Vilar, admitindo que a substância não foi ainda muito estudada em Portugal.

Ou seja, «a pessoa consome [a salvinoria], tem alucinações visuais e depois passa a sentir que está num mundo irreal, num sonho em que o corpo sai do seu próprio corpo e tem a sensação de se observar a si próprio do exterior».

A viagem «tem um início muito rápido mas de curta duração, de 15 a 20 minutos, no máximo». Quanto aos danos físicos e mentais que podem ser gerados, estes podem ser «complicados» se houver também consumo de outras substâncias - como álcool, haxixe, cocaína ou erva - ou então «se a pessoa tem alguma vulnerabilidade para adoecer do ponto de vista mental, para desencadear surtos psicóticos», uma situação que «ninguém sabe», referiu a responsável.

Apesar disso, em Portugal, a salvinorina não está referida na legislação que proíbe o consumo de algumas substâncias, sendo, por isso, legal. Em alguns países tem sido proposta a sua inclusão na lista de substâncias proibidas.

Em Portugal, qualquer «smart shop» (estabelecimentos que vendem substâncias que - sendo legais - têm efeitos psicoactivos) disponibiliza esta erva. Nas lojas «Magic Mushroom», é possível comprar salvia a partir de 16 euros para a intensidade mais fraca (cinco vezes), um preço que pode chegar aos 60 euros para a intensidade mais forte (60 vezes).

inhttp://www.tvi24.iol.pt/sociedade/salvia-droga-drogas-tvi24-idt/1287370-4071.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Estudo

Um terço dos toxicodependentes em tratamento assume continuar a consumir drogas

21.10.2011 - 13:05 Por Catarina Gomes
“Está a voltar a aparecer um tipo de consumo problemático que se encontrava há 15 anos atrás”, diz João Goulão (Fernando Veludo)
Um terço dos toxicodependentes em tratamento assume continuar a consumir drogas, revelam dados recolhidos em Portugal, integrados um estudo europeu (Project Access) que decorre durante este ano em 11 países, com o objectivo de sustentar decisões informadas relativamente às políticas e tratamento da toxicodependência na Europa.

O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, afirma que muitos médicos estão a prescrever doses demasiado baixas que, em muitos casos, “não permitem a abstinência total”.

Quando se fala de tratamentos de substituição, à cabeça surge o tratamento com metadona, uma substância prescrita pelos médicos que permite substituir a heroína e, em segundo lugar, a buprenorfina, que também é um fármaco que substitui a heroína e que acalma o síndroma de carência. Em média, os consumidores questionados reportam estar em tratamento uma média 5,7 anos.

O presidente do IDT, João Goulão, afirma que ainda existe algum preconceito dos terapeutas em relação ao uso da metadona, o que leva a que prescrevam “doses mínimas que às vezes não correspondem às doses de conforto, que lhes permitam manterem-se sem consumir”.

Os dados deste estudo - em que foram entrevistados 210 consumidores e 60 médicos que trabalham nesta área - permitem também concluir que 14% dos toxicodependentes em tratamento assume que desvia a medicação e 16% assume que compra medicação não prescrita, sendo que a metadona e as benzodiazepinas (substâncias com efeitos sedativos, nomeadamente ansiolíticos) são vistas pelos consumidores como os medicamentos mais fáceis de encontrar à venda no mercado paralelo.

O estudo revela também que 10% dos toxicodependentes assume que faz um mau uso da sua medicação com o objectivo de potenciar o efeito dos fármacos, injectando, por exemplo, a metadona ou a buprenorfina, que são preparadas para serem tomadas oralmente.

Outra conclusão é a de que os médicos prescrevem sobretudo metadona porque esta é dada gratuitamente aos utentes, mas não é necessariamente aquela que teria mais eficácia em termos terapêuticos. Os clínicos retraem-se de receitar outros fármacos por o seu custo ser incomportável para os utentes. No caso da buprenorfina o custo mensal para um utente pode chegar aos 60 euros, explicou Goulão, isto já depois de ser comparticipado a 40% pelo Estado. O responsável afirma que chegou a ser equacionada a compra destes fármacos para administração gratuita, mas admite que, face ao contexto de crise actual, esta hipótese “está fora de questão”. A apresentação do estudo foi hoje, no âmbito do XXIV Encontro das Taipas, intitulado “A nossa saúde”, que decorre entre os dias 19 e 21 de Outubro, no Colégio S. João de Brito, em Lisboa.

Esta semana soube-se que o IDT, que coordena a estratégia de combate à toxicodependência e ao alcoolismo, vai desaparecer para ser substituído por uma direcção geral, o chamado Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD). A prestação do tratamento vai passar a ser coordenada pelas Administrações Regionais de Saúde. Neste momento existem cerca de 70 unidades de tratamento para a toxicodependência espalhadas pelo país, que garantem o acesso aos tratamentos, explicou Goulão.

Questionado sobre as repercussões da mudança organizativa na área, Goulão respondeu que existem riscos, uma vez que “o contexto social é propício ao recrudescimento de fenómenos como a marginalidade e a exclusão social. Haverá mais pessoas a recorrer ao pequeno tráfico para sobreviver, para alimentar a família, e a consumir de álcool e tranquilizantes para afogar mágoas”. Na sua opinião, “este factor, coincidindo com desinvestimento e desarticulação pode ser perigoso”.

Goulão notou que, em média, cada médico da rede tem a seu cargo o acompanhamento de 155 doentes, o que considerou ser um número grande e notou que “existe uma sensação vinda de quem está no terreno que está voltar a aparecer um tipo de consumo problemático que se encontrava há 15 anos atrás”. Goulão nota que “o que Estado gasta com anti-retrovirais (destinados ao tratamento do VIH/sida) é muito mais do que gasta com todo o IDT”, e que houve uma diminuição do número de toxicodependentes infectados, podendo haver recrudescimento de infecções por esta via. “Não estou a dramatizar. Todos sabemos que a manta é curta, mas é esta é uma área muito sensível às mutações sociais”.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Açores destacam-se negativamente em matéria de droga e toxicodependência

Publicado: 2011-07-22 16:21:57 | Actualizado: 2011-07-22 16:22:09
Por: António Gil
Açores destacam-se negativamente em matéria de droga e toxicodependência

Os Açores destacam-se, negativamente, no relatório sobre a situação do pais em matéria de drogas e toxicodependencias. Os dados são de 2007 e foram divulgados pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência.


Pelas piores razões os Açores estão entre os primeiros.

Foi uma das regiões onde o consumo de quase todas as substâncias ilícitas registou as maiores prevalências de consumo ao longo da vida e nos ultimos 30 dias.

E nos Açores o consumo de anfetaminas está acima da média nacional tanto na população total como na jovem adulta.

Só diminuiu o consumo de heroina entre a população adulta.

As más noticias continuam porque foram notificados 17 casos de Sida associados à toxicodependencia.

E os Açores foram o terceiro local com maiores quantidades de heroina apreendida 12%.

E enquanto por todo o pais o numero de presumiveis infractores diminui, os Açores estão entre as regiões onde se verificaram as maiores taxas por habitantes de infractores, o que só é atenuado porque também as condenações por tráfico aumentaram.

 

in http://ww1.rtp.pt/acores/index.php?article=22051&visual=3&layout=10&tm=10

Cada vez mais portugueses são "correios de droga" Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/cada-vez-mais-portugueses-sao-correios-de-droga=f665668#ixzz1Tu6fVJAF

O número correios de droga está a crescer "exponencialmente" entre os portugueses e são cada vez mais os que transportam cocaína no organismo, correndo risco de vida. São "recrutados" devido à "fragilidade económica e social", segundo um investigador da Judiciária.
António Sintra, coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária (PJ) e responsável pela secção de unidade nacional de combate ao tráfico de estupefacientes (por via aérea), revelou à Lusa que, nos últimos dez anos, este aumento foi "exponencial".
Dados oficiais indicam que, em 2010, foram detidos em Portugal 207 correios de droga e que, no primeiro trimestre deste ano, já foram presos 40 indivíduos pelo mesmo crime.
"Há muitas detenções no território português, mas também há muitos portugueses presos no mundo por serem correios de droga e apanhados nesses países", disse.

175 portugueses detidos em 2010


Em 2010, foram detidos em países de vários continentes 175 portugueses correios de droga, mas António Sintra ressalva que deverão ser mais, porque não é obrigatório transmitir estes dados às autoridades portuguesas.
Segundo o inspetor, estes portugueses caracterizam-se pela sua "fragilidade económica e social" e são recrutados por "multinacionais da droga" que precisam de colocar no mercado, nomeadamente europeu, a droga que produzem em continentes como a América do Sul.
O especialista explicou que, nos últimos anos, com vista a evitarem grandes perdas quando as autoridades detetam o material ilícito, os produtores optaram por introduzir a droga em pequenas quantidades, apostando nestes correios.
A dissimulação em malas ou em redor do corpo continua a ser uma forma de estes correios transportarem a droga, mas atualmente a forma mais frequente é a ingestão em "bolotas", com riscos para a saúde e a própria vida.

Penas de pelo menos quatro anos de prisão


Segundo António Sintra, os correios transportam, em média, entre meio quilo e três quilos de droga, sendo a cocaína a mais frequente.
Por este transporte, podem receber entre 500 e mil euros, valores que dependem, sempre, da quantidade de droga transportada.
Quando apanhados pelas autoridades, estes traficantes arriscam penas não inferiores a quatro anos de prisão.
Mas o risco aumenta substancialmente quando a droga é transportada no organismo, não sendo raros os casos de correios que perdem a vida devido ao material que ingeriram.
Em média, os correios que utilizam este meio de transporte de droga distribuem entre 500 e 700 gramas por "bolotas" que ingerem, esperando que o organismo as venha as expelir.
Mas os mais de 30 anos de experiência não são suficientes para impedir que António Sintra se surpreenda. Recentemente, as autoridades detiveram um correio de droga no aeroporto de Lisboa que tinha ingerido 2.240 gramas em bolotas, as quais acabaram por sair naturalmente. "Estamos sempre a ser surpreendidos", confessou.

domingo, 31 de julho de 2011

Prevenir as toxicodependências em contextos de tempos livres

Projecto 'A Aventura da Prevenção' do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais

 

O Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM, através do Serviço de Prevenção de Toxicodependência, desenvolve nestas férias o projecto 'A Aventura da Prevenção', que consiste na realização de actividades de sensibilização em contexto 'outdoor', no Jardim Público de Santa Luzia, visando a prevenção das toxicodependências e a promoção da saúde em contextos de lazer e recreação.
Estas acções são dirigidas a crianças e jovens que integram diversos projectos que decorrem ao longo das férias lectivas na RAM. O Serviço de Prevenção de Toxicodependência dinamiza este projecto com diversas entidades, nomeadamente autarquias, clubes desportivos, juntas de freguesia e outras entidades privadas, resultado da crescente procura sentida em anos anteriores, o que reforça a validade deste projecto de prevenção das toxicodependências que se realiza em tempo de férias dos mais novos.
O calendário das actividades compreende três períodos de intervenção ao longo dos meses de Verão. O primeiro período teve já início no dia 15 de Julho e termina a 29 de Julho. O segundo decorre entre 16 e 31 de Agosto e o último inicia-se a 1 e termina a 15 de Setembro.
Para os diferentes grupos de crianças e jovens, o Serviço de Prevenção de Toxicodependência concebeu um conjunto de actividades preventivas, constituídas por dinâmicas apelativas e desafiadoras onde os jovens têm a oportunidade de treinar competências como a auto-confiança, a auto-disciplina, estabelecer objectivos, testar os limites e preencher a necessidade de aventura através da adrenalina de um risco controlado, as quais são fundamentais para uma atitude de recusa face ao consumo de drogas.

 

Apenas 30 por cento dos doentes com hepatite em Portugal estão diagnosticados

Hepatite? Se acha que esta doença é apenas de alcoólicos, toxicodependentes e de pessoas com uma vida sexual promíscua, corre sérios riscos de estar entre os 70 por cento dos 200 mil portugueses que se estima serem portadores destes tipos de vírus sem o saberem.
Muitos doentes chegam aos hospitais demasiado tarde Muitos doentes chegam aos hospitais demasiado tarde (Foto: Paulo Pimenta/arquivo)

A hepatite é traiçoeira. É como um fruto reluzente que não dá quaisquer sinais de estar podre por dentro. É uma doença silenciosa que quando se manifesta é porque - provavelmente - será tarde de mais para o fígado recuperar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu, por isso, criar uma data comum para alertar para este problema: hoje assinala-se pela primeira vez a 28 de Julho o Dia Mundial das Hepatites, data de nascimento de Baruch Blumberg, Nobel da Medicina que descobriu o vírus da hepatite B na década de 60 e a respectiva vacina. O PÚBLICO foi ouvir médicos e doentes, sobre os dois tipos de hepatite mais comuns: B e C.

Estimativas da OMS apontam para que existam mais de 350 milhões de pessoas com hepatite B crónica e pelo menos 250 milhões com hepatite C. As zonas mais afectadas são China, Índia, África e Europa de Leste mas, com os movimentos migratórios, são cada vez mais os países que criam bolsas com esta infecção que pode provocar inflamação do fígado e que pode evoluir para fibrose, cirrose e cancro primário do fígado. Portugal é um dos países com média a baixa prevalência - ou seja cerca de 100 mil pessoas têm hepatite B e quase outras tantas hepatite C, sendo que 70 por cento não sabem. Mas a comunidade imigrante já representará mais de 30 mil das infecções. O HIV, a título de exemplo, atinge 20 a 30 mil portugueses.

"O corpo habitua-se"

Norberto é reformado, tem 62 anos, e vive em Lisboa. Há mais de 20 anos, perante algum cansaço e depois de umas análises à sua mulher terem revelado contacto com o vírus da hepatite B, fez análises de rotina que acusaram a doença. "Quando a médica me disse que tinha hepatite B primeiro foi como beber um copo de água. Só quando saí da consulta é que percebi. Parecia que o mundo tinha desabado. Na altura era igual a uma sentença de morte e eu tinha um filho pequeno", contou ao PÚBLICO.

Algum tempo depois foi parar às mãos de Leopoldo Matos, hepatologista e director do Serviço de Gastrenterologia do Hospital Egas Moniz (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental). Seguiu à risca durante um ano as três injecções semanais que aprendeu a dar a si próprio e resistiu aos efeitos secundários iniciais do tratamento, semelhantes aos de uma gripe forte, que os actuais medicamentos já minimizam.

Mesmo assim, Norberto assevera: " O importante é não desistir e o corpo depois habitua-se. Fui sempre cumpridor com o tratamento e cuidadoso com o álcool que é o nosso inimigo quando temos hepatite. E a verdade é que fiquei curado. Já não tenho sinais do vírus." No caso da hepatite C já há medicamentos que curam muitos casos. Na hepatite B há uma vacina (que faz parte do Plano Nacional de Vacinação) e, para quem está infectado, terapêuticas que ajudam a reduzir a carga viral, dependendo depois do sistema imunitário de cada doente a capacidade de cura.

Sobre o contágio, Norberto pensa que terá sido nos tempos de tropa onde teve um grande acidente. " Ficámos misturados os vivos e os mortos, com sangue por todo o lado e fiquei internado seis meses. Mas quando soube da doença nunca escondi. Não podemos ter preconceito. Quando temos uma doença é quando mais precisamos do apoio dos outros." Mesmo assim prefere dar apenas o primeiro nome.

Os antigos militares são um dos grupos de risco, assim como pessoas com transfusões e cirurgias antes dos anos 90, trocas de seringas e relações sexuais desprotegidas. Mas simples idas à manicure, um cruzar de escovas de dentes ou tratamentos dentários podem ser suficientes pois os vírus resistem várias horas, mesmo quando submetidos a elevadas temperaturas.
 
 Leopoldo Matos confirma que Norberto é um bom exemplo de adesão à terapêutica - um dos principais problemas. "Estamos com um grande problema de diagnóstico tardio. Na maioria dos casos os doentes descobrem por acaso. Caso contrário chegam-nos à consulta em circunstâncias exuberantes como o drama do carcinoma hepato-celular com todos os custos que isso envolve", disse ao PÚBLICO o especialista durante o congresso da Associação Europeia para o Estudo do Fígado, que decorreu recentemente em Berlim.Uma opinião corroborada por Rui Tato Marinho, do Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Lisboa Norte), membro da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado e também presente no encontro. Tato Marinho alerta mesmo que "os anos de vida potencialmente perdidos com as doenças de fígado já estão quase iguais aos da doença cardíaca", pelo que seria "importante sensibilizar os médicos de família para incluírem nas análises a ALT" - uma das formas de despistar problemas do fígado.

"Apagar fogo com gasolina"

Também Filipe Calinas, do Hospital dos Capuchos (Centro Hospitalar de Lisboa Central), insiste que "quando um doente é referenciado atempadamente a probabilidade de vir a morrer devido à hepatite é muito reduzida". Quanto a conselhos, insiste que “até os indivíduos mais conservadores podem estar infectados”, que se deve “seguir a medicação à risca” e lembra que nas hepatites “álcool é como apagar fogo com gasolina”.

Um conselho que assenta a Tiago Tavares, de 36 anos, que há dois anos descobriu ter hepatite C. "Tive problemas relacionados com álcool e fiquei com alguns problemas de estômago que me levaram ao médico. Nas análises globais que pediram detectaram a hepatite C e já com níveis muito elevados. Estou há um ano a fazer comprimidos e uma injecção por semana. De início custou mas é o melhor para mim. Temos de ser positivos e tenho tentado ajudar outras pessoas a estarem atentas. Quanto a resultados os médicos dizem que o vírus está a desaparecer. Talvez me cure e quase de certeza que se cumprir tudo não morro disto", diz o actual desempregado.

"A estratégia do quadrado da batalha de Aljubarrota é a melhor para as hepatites. São vírus que se replicam com facilidade e depressa e temos de actuar em várias frentes: no sistema imunitário e ao mesmo tempo nas várias fracções do vírus. Mas para isso é preciso que os doentes apareçam. O drama é que são doenças silenciosas e nós somos como máquinas que devíamos ir a revisões periódicas. O problema não é ter a doença. É não se saber que se tem", resume Fátima Serejo, especialista do Hospital de Santa Maria.
 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Instituto da Droga retoma tratamento a toxicodependentes na região de Lisboa

As comunidades terapêuticas da região de Lisboa e Vale do Tejo que têm acordo com o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) já recomeçaram a receber novos doentes desde o início deste mês.
Em Portugal há 40 mil pessoas em tratamento relacionado com o consumo de drogas Em Portugal há 40 mil pessoas em tratamento relacionado com o consumo de drogas (Paulo Pimenta)

A confirmação foi feita ao PÚBLICO pelo presidente do IDT, João Goulão, que em Junho avisara que o instituto iria suspender temporariamente a comparticipação do tratamento de novos doentes para fazer uma avaliação da situação, devido à "derrapagem orçamental" que se verificou precisamente nas comunidades terapêuticas desta região.

"Houve um aumento dos pedidos que não é possível acomodar no orçamento que temos para este ano e que sofreu alguns cortes relativamente àquilo que acontecia no ano passado", declarou o responsável. "Em função desse aumento, fizemos uma avaliação da situação com as entidades que são nossos parceiros do sector social e privado e retomamos a emissão dos termos de responsabilidade que garantem o pagamento às várias comunidades terapêuticas" com quem o IDT trabalha, disse João Goulão ao PÚBLICO, precisando que as soluções que foram encontradas aconteceram num "clima de colaboração e de entendimento".

"Já tudo regressou à normalidade, sem que este compasso de espera tenha dado lugar a lista de espera", acrescentou ainda o presidente do IDT, fazendo questão de sublinhar que um atraso de 15 dias no internamento de um doente numa comunidade terapêutica "não acarreta prejuízos de qualquer monta". Apesar disso, Goulão não ignora que os cortes na despesa pública limitam o trabalho que o instituto desenvolve, até porque receia que o contexto que o país vive possa vir a reflectir-se num aumento do consumo de álcool e outras drogas.

O tratamento de cada doente custa em média 900 euros por mês, sendo que o IDT comparticipa em 80 por cento. Quanto aos restantes 20 por cento, são assegurados pela família ou, em caso de insolvência, pela Segurança Social. Cada tratamento tem a duração de um ano.

Em Portugal há cerca de 40 mil pessoas em tratamento relacionado com o consumo de drogas e outras 15 mil estão em programas mais exigentes. Segundo dados avançados pelo presidente do IDT, nos últimos dez anos foram abertos no país, desde que entrou em vigor a lei sobre a descriminalização do consumo de drogas, 67.330 processos junto das Comissões de Dissuasão da Toxicodependência. Durante esse período verificou-se também um aumento do número de toxicodependentes em tratamento voluntário e assistiu-se a uma subida da qualidade de droga apreendida.

In http://www.publico.pt/Sociedade/instituto-da-droga-retoma-tratamento-a-toxicodependentes-na-regiao-de-lisboa_1503846

domingo, 10 de abril de 2011

Compromisso de Colaboração contra toxicodependência assinado em Vouzela

Tendo como objectivo a criação de uma rede de respostas de intervenção no domínio do consumo de drogas ilícitas, realizou-se no dia 29 de Março, pelas 14h30, no Salão Nobre, a assinatura do Compromisso de Colaboração com as entidades que constituem o Núcleo Territorial do Programa de Respostas Integradas (CRI) de Vouzela, nomeadamente: o Centro de Respostas Integradas de Viseu, o Município de Vouzela, o ACES Dão Lafões II – Centro de Saúde de Vouzela, o Centro Distrital da Segurança Social, os Agrupamentos de Escolas de Campia e Vouzela, a Escola Secundária e a Escola Profissional de Vouzela.
O protocolo resulta do trabalho desenvolvido, nos últimos anos, pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), através da sua delegação de Viseu, relativo ao consumo de substâncias ilícitas (drogas ou álcool) no concelho de Vouzela.
Segundo a responsável daquele organismo, Catarina Durão, “esta cerimónia não é mais do que a formalização do trabalho que o CRI tem vindo a desenvolver em Vouzela, com a Rede Social e restantes parceiros”, referiu a técnica.
“Com este documento, pretendemos optimizar os recursos existentes, promovendo um espaço para a partilha e resolução de problemas relacionados com o consumo de substâncias psicoactivas, seus efectivos e comportamentos de risco sociais associados, numa lógica de prevenção, minimização de danos e reinserção social”, esclareceu Catarina Durão.
Nos últimos anos, e de acordo com os dados apresentados pela técnica relativos ao estudo efectuado no concelho em 2008 e 2009, foram identificados 19 indivíduos com problemas de toxicodependência e 46 indivíduos com problemas de alcoolismo. No que diz respeito aos consumidores de drogas, a maior parte situa-se na faixa etária dos 25 aos 29 anos, sendo na sua maioria do sexo masculino. A droga mais consumida é a heroína, seguindo-se o haxixe e por último a cocaína.
No que diz respeito ao álcool, os maiores consumidores pertencem à faixa etária dos 45 aos 65 anos e é também o sexo masculino o que mais consome.
Telmo Antunes, Presidente do Município de Vouzela, agradeceu às entidades envolvidas o esforço que têm feito na prevenção e combate a este flagelo social, que segundo o autarca não é muito relevante no concelho de Vouzela. O edil considera que o núcleo é “muito importante para evitar que aumentem os casos de toxicodependência e alcoolismo e que aqueles que existem sejam devidamente encaminhados e tratados, quer do ponto de vista da recuperação do indivíduo, quer do ponto de vista de outros problemas acessórios, como são as questões da criminalidade”, adiantou. 
Também presente na cerimónia, João Cruz, Director Adjunto da Segurança Social de Viseu, enalteceu a importância do compromisso assinado, referindo que, à semelhança do concelho de Vouzela, a questão do consumo de substâncias ilícitas no distrito de Viseu tem uma expressão irrelevante e que os encargos daquele organismo nesta área, em 2010, foram de apenas 33.450 euros.

O presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas (APLD) não se conforma com a "desistência das instâncias internacionais"

O presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas (APLD) não se conforma com a "desistência das instâncias internacionais"
O tratamento da dependência mais comum é a metadona
O tratamento da dependência mais comum é a metadona
Terminou ontem a reunião em Viena, Áustria, da Comissão de Es
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estupefacientes, inserida no departamento da ONU para a Droga e o Crime (United Nations Office on Drugs and Crime), com uma série de intenções que apelam a uma maior cooperação internacional entre todos os países do mundo.

Relativamente aos tratamentos da toxicodependência, o presidente da APLD, Manuel Pinto Coelho, presente na conferência, lamentou que as decla- rações não tivessem incluído a expressão "livre de drogas" (drug free).

Para o especialista, no que diz respeito ao tratamento, há uma posição dominante e global que aponta para curas com drogas de substituição, o que, no entender de Manuel Pinto Coelho, é "deixar cair a toalha". O presidente da associação, que apresentou uma comunicação na conferência, disse ao i que "vivemos hoje uma cultura de intoxicação, onde a expressão ''livre de drogas'' se está a tornar surpreendentemente fora de moda".

Manuel Pinto Coelho acredita que essa intoxicação poderia ser substituída pela cultura da observação, que deixasse de olhar para a dependência como um todo, mas se debruçasse sobre cada um dos toxicodependentes. Uma espécie de substituição da cultura do pronto-a- -vestir pelo tradicional alfaiate.

O médico considera que há uma desistência global - sobretudo na Europa - na abordagem ao problema da dependência, tratando-a como uma inevitabilidade. Exemplo disso é, nas palavras de Manuel Pinto Coelho, "num universo de um milhão de dependentes na Europa, cerca de 670 mil estão em programas de substituição", o que implica a administração de umas drogas por outras (habitualmente a metadona).

A toxicodependência está a ser referenciada como uma doença, em resultado do que há "uma medicalização" do processo em vez de, sustenta o responsável, se actuar no estado psicológico do dependente, através do controlo emocional e da ajuda para a descoberta da motivação.

Para Manuel Pinto Coelho, há quatro excepções que justificam o tratamento com drogas de substituição: a gravidez, a falência de todos os modelos, a desinserção social profunda e as doenças terminais graves.

Para o presidente da APLD é necessário definir, sem ambiguidade, o que pode ser um tratamento de reabilitação. No final da sua intervenção em Viena, o responsável deixou aos participantes uma definição de tratamento, adoptada pela associação em Portugal: "Todas as estratégias que podem ajudar o dependente de droga a restaurar a sua autonomia e dignidade, com o objectivo de uma vida livre de drogas."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

IX Jornadas da Saúde e das Toxicodependências


«A Comunidade Vida e Paz, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, que se dedica ao tratamento, reabilitação e reinserção de indivíduos Sem Abrigo Toxicodependentes e Alcoólicos. Apesar de sedeados em Lisboa, temos Centros de Tratamento em Fátima, na Venda do Pinheiro e em Sapataria – Mafra, e Apartamentos de apoio à reinserção em Leiria e na Damaia.

Por nos preocuparmos com a formação integral dos nossos técnicos, estamos a organizar as IX Jornadas da Saúde e das Toxicodependências, projecto que pretendemos levar a cabo na cidade de Leiria, no próximo dia 06 de Maio, na Escola Superior de Saúde de Leiria».

sábado, 5 de março de 2011

Evento Nacional: Acção Europeia sobre a Droga



 A Comissão Europeia convida os interessados em Política e Intervenção em Toxicodependências para o evento nacional da European Action on Drugs (EAD), que será realizado em Lisboa, dia 15 de Março de 2011, entre as 9h e as 14h00, no Centro Jean Monnet.
 As drogas ilícitas são um problema social complexo que afecta milhões de indivíduos de diferentes maneiras. Uma política eficaz neste domínio é um desafio global já que os problemas relacionados com drogas estão presentes em qualquer parte do mundo. A União Europeia e os Estados-Membros estão a tomar medidas para diminuir a oferta e a procura de drogas com as autoridades nacionais e as organizações especializadas desempenhando um papel essencial. No entanto, acreditamos que é igualmente importante usar o potencial da sociedade civil nesta matéria. 
Através da EAD lançada em 26 de Junho de 2009, a Comissão Europeia visa envolver os actores da sociedade civil nas campanhas de sensibilização sobre questões de droga no seu próprio ambiente. Como parte da campanha, os participantes assinarão compromissos para tomar medidas específicas no aumento da consciencialização sobre as drogas. Mais de 700 compromissos foram assinados no âmbito da EAD, por indivíduos, incluindo celebridades do desporto ou do entretenimento, grandes empresas, escolas e organizações não-governamentais. 
O Evento Nacional da EAD em Lisboa irá focalizar-se na prevenção de drogas e crimes juvenis relacionados com droga em particular. O evento oferecerá uma oportunidade para olhar atrás e em tudo o que foi alcançado desde que a campanha começou, reflectindo sobre o seu futuro. Permitirá aos signatários compartilhar as suas experiências, enquanto novos membros EAD vão assinando os seus compromissos durante a cerimónia. 
 Confirme a sua participação, registando-se através de www.euactiondrugs-lisbon.net, até 11 de Março de 2011. 

O coordenador da EAD em Portugal (portugal@action-drugs.eu - Tel. 261 324 900) e da EAD Team Project (info@action-drugs.eu) permanecem à sua disposição para qualquer dúvida que possa surgir. Se ainda não é um membro da campanha EAD, está desde já convidado a participar.

Presidente do IDT: Alteração da idade para comprar álcool "não faz sentido"


João Goulão falava durante o colóquio "Os Jovens, o Álcool e Segurança Rodoviária" que está a decorrer na Assembleia da República, organizado pela subcomissão de Segurança Rodoviária.

"Não faz muito sentido avançar com a proposta para aumentar de 16 para 18 anos" a idade legal de venda de bebidas alcoólicas aos jovens, "enquanto não houver evidência que os 16 anos são minimamente cumpridos", afirmou o presidente do IDT.

O responsável, tal como outros intervenientes no colóquio, referiu as "dificuldades práticas da aplicação da lei".

Deu o exemplo de uma situação em que a autoridade entra num estabelecimento de diversão nocturna e detecta um jovem com menos de 16 anos com um copo de bebida alcoólica, mas não pode actuar porque não foi "apanhado" a comprar.

Forças da autoridade, como a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), "não têm capacidade de intervenção" nestes casos, realçou João Goulão, referindo que "talvez isso deva ser estudado".

"São necessários mecanismos eficazes" para controlo nestes estabelecimentos, acrescentou ainda.

O presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV), Alberto da Ponte, também colocou a questão do que é necessário fazer para que a lei seja cumprida no que respeita ao acesso dos jovens às bebidas alcoólicas.

Entre os presentes no colóquio, foi referido o Fórum Álcool e Saúde, recentemente criado com 57 entidades de várias áreas, como um espaço para encontrar soluções para aquelas situações.

O presidente do IDT reconheceu ter "enorme expectativa no êxito deste Fórum" para conseguir "uma evolução positiva de indicadores que são muitíssimo preocupantes em alguns pontos" em Portugal.

João Goulão referiu ainda a possibilidade de o IDT alterar a sua designação para um nome mais abrangente, como instituto das dependências, agora que passou a ter responsabilidades também na área do alcoolismo.

Mefedrona em saldo vai ser ilegal

É uma droga legal mas em breve vai ser proibida em Portugal. Chama-se mefedrona, nas lojas da especialidade é vendida como adubo para ser usado em plantas, e na iminência da proibição está em saldo.

O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, João Goulão, admite que combater o surgimento de novas substâncias é "o jogo do gato e do rato". Em Portugal, há pelo menos oito lojas onde se vendem as chamadas ‘drogas legais’. Uma loja no Bairro Alto, em Lisboa, já faz descontos à mefedrona, preparando a proibição. Um grama custa agora 30 euros, quando antes custava 36.
Maria do Carmo Carvalho, professora de psicologia na Universidade Católica, explica que a mefedrona é "um conhecido substituto dos efeitos do ecstasy, cocaína e anfetaminas disponível on-line, e têm sido reportados casos de coma e várias mortes na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Escandinávia".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CULTURAS JUVENIS -SER JOVEM (IN)DEPENDENTE


 A actual sociedade caracteriza-se por uma pluralidade de manifestações culturais. Apesar de em todas as culturas ter sido corrente a utilização de diferentes substâncias para aliviar a dor e alterar o humor, os consumos de drogas são hoje uma realidade cada vez mais saliente.


Numa era de consumismo, as práticas associadas ao uso de drogas têm vindo a massificar-se,diversificar-se e banalizar-se entre os jovens que muitas vezes vivem para o prazer imediato.

 A necessidade de liberdade sempre foi um ideal de todas as gerações mas, actualmente, os instrumentos que se encontram à disposição com aquisição facilitada são muito mais diversificados e perigosos. Existem contextos, espaços de lazer, que estão associados ao uso de estupefacientes. A tudo se tem acesso e tudo se quer experimentar!

 Torna-se urgente levar os jovens de hoje a identificar componentes e valores que favoreçam a sua realização pessoal sem para isso ter de recorrer a meios artificiais.



Organização do Colóquio

 Santa Casa da Misericórdia de Oliveira De Azeméis

Contactos:

Telf: 256 600 846

Fax: 256 600 849

E-mail: eid.soltaramarras@gmail.com



24 MARÇO 2011

LOCAL: JUNTA DE FREGUESIA DE OLIVEIRA
DE AZEMÉIS



Culturas Juvenis – Ser Jovem (In) dependente

Manhã



9h00 - Abertura do Secretariado



9h30 - Mesa de Abertura



 10h - 1º Tema:

Consumo de Substâncias Psicoactivas:

O Continuum entre o “Problemático” e o “Não
Problemático”

 Oradora: Dra. Olga Souza Cruz ,

Psicóloga na Unidade de Consulta em Psicologia
da Justiça da Universidade do Minho.

Moderador da Mesa: Dr. João Doce



10h30 - 2.º Tema:

Adolescência: Caminho para a Autonomia

Oradora: Doutora Alexandra Coimbra,
Psicóloga / Membro da Sociedade Portuguesa de
Psicanálise.



11h - Coffee Breack







11h30 - 3.º Tema:

Abuso de Drogas e Função Sexual

Orador: Professor Manuel Esteves, Chefe do
Serviço de Psiquiatria no Hospital de S. João
do Porto.



Moderador da Mesa: Dra. Marisa Alves



12h - 4.º Tema:

Justiça vs Criminalidade associadas ao
Consumo de Drogas

Orador: Professor Fernando Almeida.



12h30—Debate



13h - Pausa para Almoço



Tarde



14h30 - 1.º Tema:

Jovens, Diversão e Risco - Zonas de Contacto.

Oradores: Dr. João Doce, Técnico de Serviço
Social do IDT e músico; Dra. Maria João Soares
Oliveira , Educadora Social.



Moderador da Mesa: Dra. Rosália Alves, Apoio
Técnico à Comissão



15h30 - 3.º Tema

Estratégias comunicacionais entre pais e filhos

Oradora: Dra. Marisa Alves, Técnica na área de
Formação e Intervenção Empresarial



16h - Debate

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Assistente social preocupada com aumento no consumo de drogas




Luanda - A assistente social Maria Sardinha considerou hoje, quinta-feira, em Luanda, haver em Angola um crescimento no consumo de drogas lícitas e ilícitas entre os jovens.


A assistente social, que falava à Angop sobre o tema "Consumo de drogas", manifestou a sua preocupação com a situação já que em alguns pontos da cidade capital, com destaque para escolas, há um grande número de jovens em estado lastimável, fruto do consumo de drogas.

Para Maria Sardinha, existe muita aderência às drogas, algumas vezes justificada ao desemprego, dificuldades no ingresso à escola, falta de condições para prática do desporto, actividades sócio-culturais e a fraca informação sobre as consequências do uso do álcool e outras drogas para a saúde.

“Eu me preocupo muito com o tempo livre dos jovens, e acho que os ministérios da Educação, da Juventude e Desportos e o da Família e Promoção da Mulher deviam intensificar as actividades nas escolas”, enfatizou.

Por outro lado, considerou necessária uma maior atenção à venda de bebidas alcoólicas as crianças, apesar da sua proibição, muitos ainda são os pais que mandam-lhes comprar, sem saber que assim estão a incentivá-las a usar precocemente.

Apontou como ideia, o aumennto das taxas alfândegarias na entrada de bebidas alcoólicas no país e diminuição das relativas a entrada de livros, principalmente os infantis, porque isto é que estimula as crianças a aprenderem coisas benéficas.

"Depois de vários anos de guerra, este é um período de nos reconciliarmos, por isso, cada jovem deve adoptar uma atitude positiva sem consumo de álcool e outras drogas", salientou.

Fonte:http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2011/1/7/Assistente-social-preocupada-com-aumento-consumo-drogas,9f53211c-1dda-4029-9bce-92e2d0b60920.html

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Be Cool

9h30 - Mesa de Abertura:
Presidente da PROVILEI
Presidente da Câmara Municipal de Leiria
Presidente da ESECS
Delegado Regional do Centro do IDT,IP
Representante Aces Pinhal Litoral II (Pori)

10h00 - A Prevenção no século XXI – que caminho? Que estratégias? Que Modelos?
Raúl Melo – Psicólogo Clínico Serviços Centrais IDT, IP
Elisabete Santos – Investigadora
Cristóvão Margarido – Professor Adjunto na ESECS
Susana Henriques – Investigadora ISCTE;
Professora Auxiliar na Universidade Aberta
Ana Soledade– Moderadora - Coordenadora da Prevenção do CRI Leiria IDT,IP

11h30 - Modelos de Prevenção
Joana Lamas – (IDT,IP)
Lúcio Santos – Presidente da Direcção da ARISCO
Ana Raquel– Moderadora – Tec. Sup. Serviço Social Projecto Leiria Be Cool
15h00 - Leiria Be Cool uma Realidade no Terreno.
Mª João Feteira – Coordenadora do Projecto Leiria Be Cool
Pedro Biscaia – Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira
Luís Pinto – Presidente da Associação de Solidariedade Social do Académico de Leiria
Joaquim Pequicho – Presidente da Direcção da Cercina
Fátima Oliveira – Interlocutora do Centro Distrital de Leiria ISS, IP
Borrego Pires – Moderador – Representante da Entidade Promotora

18h00 - Mesa de Encerramento
Borrego Pires – Representante da Entidade Promotora
Cristina Barroso – Directora do CRI Leiria IDT, IP
Lurdes Machado – Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal de Leiria
José Vicente – Tec. Sup. Serviço Social da Provilei
24 Feevveerreeiirro 9h00 Audiittórriio 2 ESSECSS

É com o maior prazer que a PROVILEI - Associação de Solidariedade Social, entidade promotora do Projecto Leiria Be Cool, financiado pelo Programa PORI do Instituto da Droga e da Toxicodependencia, IP, lhe dá a conhecer o programa para o Colóquio "Be Cool na Prevenção das Dependências". 
 
O Colóquio terá lugar no próximo dia 24 de Fevereiro de 2011, no horário entre as 9h00 e as 17h30, no Auditório 2 da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria (ESECS).
 
A entrada será gratuita mas sujeita a inscrição prévia.
Estamos disponíveis para qualquer esclarecimento através do e-mail leiriabecool@gmail.com ou telefonicamente através do 244 836 236/ 912453981.