SNS gastou 1,5 mil milhões com psicofármacos entre 2000 e 2009
Por RedacçãoO Serviço Nacional de Saúde gastou, entre 2000 e 2009, 1,5 mil milhões de euros com psicofármacos, de acordo com um estudo do Observatório do Medicamento do Infarmed.
Segundo o mesmo estudo, publicado na revista Infarmed, a tendência de crescimento, que passou dos 64,9 milhões em 2000 para os 202,8 milhões em 2009, ficou a dever-se à eliminação das restrições na prescrição de medicamentos anti-psicóticos e anti-depressores, no âmbito do regime especial de comparticipação.
Em 2007, os encargos do SNS baixaram para 170 milhões de euros devido à redução dos níveis de comparticipação. Mas em 208 e 2009, esta taxa voltou a aumentar e os encargos subiram para 189 milhões e 203 milhões respectivamente.
Ainda de acordo com o mesmo estudo, o consumo de psicofármacos (ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, anti-depressores e anti-psicóticos) aumentou no SNS em 52 por cento entre 2000 e 2009.
Em comparação com outros países europeus, o consumo de anti-depressivos e anti-psicóticos em Portugal é inferior ao da Itália mas semelhante ao dos países nórdicos. Já no caso das benzodiazepinas, o consumo em Itália e nos países nórdicos – menos na Islândia, é inferior ao consumo português.
«Estes dados mostram a necessidade de analisar mais aprofundadamente os factores determinantes destas variações geográficas, de modo a assegurar que o princípio da equidade no acesso ao tratamento farmacológico é cumprido», refere o estudo.
in http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=275799
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