Ministra defende apoio ao primeiro emprego
por Lusa
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defendeu hoje o aprofundamento de medidas de apoio ao primeiro emprego para diminuir o tempo de espera de entrada dos jovens no mercado de trabalho, nomeadamente os licenciados.
"Nas situações de baixas qualificações, as condições para enfrentar situações de crise ou de desemprego são muito piores do que quando o adulto dispõe de qualificações, apesar de se concluir que há um período de espera da ordem dos seis meses ou superior para os diplomados do Ensino Superior entrarem no mercado de trabalho", afirmou a ministra ao comentar o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) hoje divulgado.
"Essa espera pode ser muito superior quando se tem níveis de qualificação inferiores", disse a ministra, sublinhando também o retorno económico associado às elevadas qualificações.
A ministra defendeu que para alcançar melhores resultados nesta área devem ser aprofundadas algumas medidas já encetadas: "Este Governo promoveu o emprego de muitos cientistas. Teve um programa Ciência 2008, que promoveu já o emprego de muitos cientistas, mas também a política de estágios remunerados para jovens diplomados do Ensino Superior ou com o Ensino Secundário, tanto nas empresas como na Administração Pública".
"São linhas de intervenção que será necessário aprofundar. Já está previsto no programa do Partido Socialista (PS) a continuação destas linhas, a promoção do apoio ao primeiro emprego de jovens com elevados níveis de qualificação", disse.
Maria de Lurdes Rodrigues indicou que o Governo tem metas que envolvem medidas além do campo estrito da sua pasta e que passam pelas políticas de emprego.
"O programas Inov Jovem, Inov Arte e Ciência 2008 destinaram-se a apoiar o emprego de jovens, seja em Portugal seja no estrangeiro, e deverão ser abertas novas linhas para apoiar o primeiro emprego de jovens mais qualificados, tanto nas empresas, como na Administração Pública. Penso que a Administração Pública pode abrir um espaço de trabalho novo para muitos jovens diplomados que deve ser explorado", avançou.
Sobre a área da Educação especificamente, a governante afirmou que durante muito tempo uma parte do desemprego de jovens diplomados estava associada às áreas de ensino, considerando que o país "recuperou muito com o lançamento de iniciativas como as Novas Oportunidades, as actividades de enriquecimento curricular e os cursos de educação-formação".
"Sobretudo nos últimos dois anos, diminuiu muito o número de diplomados do Ensino Superior nas áreas de Ensino que tinha um tempo de espera para entrar no mercado de trabalho muito superior àquilo que hoje se verifica", referiu.
De acordo com o relatório, o número de licenciados de Ensino Superior cresceu em Portugal acima da média dos países da OCDE.
Portugal, juntamente com a Irlanda, Polónia, Espanha e Turquia, é um dos países onde o aumento do número de licenciados superou os sete por cento, muito acima da média dos países da OCDE, que foi de 4,5 por cento entre 1998 e 2006.
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