domingo, 20 de novembro de 2011

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As regiões mais pobres do país são...
Tâmega e Vale do Sousa encabeçam lista
A sub-região do Tâmega, que inclui oito concelhos do distrito do Porto, apresenta o terceiro rendimento «per capita» mais baixo do país, revela esta quinta-feira um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nesta que é a terceira região mais densamente povoada de Portugal, com cerca de 550 mil habitantes, e uma das mais industrializadas, a sua população ganha apenas 63,48 por cento da média nacional.

Os dados, que se reportam ao ano de 2009, revelam, no entanto, que este território, que junta concelhos de cinco distritos (Porto, Braga, Aveiro, Viseu e Vila Real) registou uma subida do poder de compra, face a 2007, de dois por cento, bastante mais acentuada no Vale do Sousa.

Outro elemento que se destaca neste estudo é que a região apresenta uma percentagem do poder de compra nacional (3,34 por cento), que a coloca numa posição mais favorável no conjunto das 28 sub-regiões de Portugal Continental, do que se a análise for feita tendo por base o rendimento «per capita».

Esta aparente contradição explica-se pelo facto de o rendimento global da região, muito impulsionado pela sua forte industrialização no Vale do Sousa, ter de ser dividido por mais de meio milhão de habitantes, incluindo os concelhos mais rurais.

Também se destaca neste estudo do INE a diferença de rendimento que há entre os concelhos do Vale do Sousa, mais povoados e industrializados, pertencentes ao distrito do Porto, e os do interior da região, dos distritos de Vila Real, Braga e Viseu.

Paços de Ferreira, no Vale do Sousa, é o concelho com melhor rendimento «per capita» (70,56 por cento), em contraste com Celorico de Basto, no distrito de Braga (47,73 por cento), que é o segundo mais pobre do país, a seguir a Sernancelhe.

Todos os concelhos do Vale do Sousa (Felgueiras, Paços de Ferreira, Paredes, Lousada e Penafiel) apresentam um rendimento superior a 65 por cento, surgindo, por isso, como um espaço homogéneo neste domínio.

Ao lado, no Baixo Tâmega, Marco de Canaveses e Amarante apresentam rendimentos similares, de cerca de 63 por cento, ficando-se Baião, ainda mais para o interior, pelos 51,5 por cento.

Conclui-se ainda que a diferença entre o Sousa e o resto da região, mais rural, acentuou-se no período de 2007 para 2009, com a região com sede em Penafiel a crescer 2,76 por cento, quedando-se a zona de Amarante por um crescimento de um por cento.

Neste período, Lousada foi o concelho que mais cresceu, com uma melhoria de quase cinco por cento, seguido de perto por Paços de Ferreira.

Se este estudo fosse, contudo, realizado com a nova configuração das NUT III (Nomenclatura de Unidade Territorial), o Tâmega apresentaria um rendimento «per capita» superior, porque houve três concelhos rurais que deixaram de pertencer a este espaço regional: Cabeceiras, Ribeira de Pena e Mondim de Basto.


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