terça-feira, 29 de novembro de 2011

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Pastoral apela ao Governo que promova o reconhecimento dos direitos dos ciganos
No último fim-de-semana realizou-se o 38º Encontro Nacional da Pastoral dos Ciganos. D. António Vitalino Fernandes Dantas, Bispo de Beja e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, foi um dos intervenientes nos trabalhos. A Pastoral dos Ciganos concluiu que “as políticas e estratégias de inclusão dos ciganos não têm dado grandes resultados, continuando a maioria da população de etnia cigana a viver marginalizada, excluída sem lhe serem reconhecidos os mesmos direitos de cidadania da restante população portuguesa”. A Pastoral apela ao Governo “que promova o reconhecimento efectivo dos direitos básicos dos ciganos, como cidadãos portugueses de pleno direito”. A Pastoral considera que as autarquias devem assumir “como sua obrigação, o enfrentar dos graves problemas habitacionais de muitas famílias de etnia cigana, ainda alojadas em barracas ou em casas em ruínas”. Defende que “o reconhecimento dos direitos dos ciganos deve excluir qualquer hipótese de expulsão territorial por parte das Autarquias”.
“A inclusão deve ser feita através de projectos criados localmente que contem com a participação das famílias ciganas” , lê-se no documento enviado à Rádio Pax.
A Pastoral dos Ciganos entende que “a presença de mediadores ciganos em algumas Câmaras Municipais tem-se mostrado uma mais-valia na relação da população cigana com os diversos serviços municipais e outras instituições onde estes estão presentes” e constata “que em algumas escolas ainda existe discriminação no que se refere às crianças ciganas”.

A Pastoral pensa que “a nível da Igreja nota-se a falta de interesse pastoral face à população de etnia Cigana”.


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