terça-feira, 31 de março de 2009

Homossexuais e lésbicas ainda são discriminados na Europa

15h28m

Homossexuais, lésbicas, bissexuais e transsexuais continuam a sofrer assédio, discriminação e intimidação em vários países da Europa, indica um relatório da União Europeia.

O assédio e discriminação ocorre "em todas as áreas da vida social", desde escolas a locais de trabalho e estabelecimentos de saúde, refere o relatório da Agência dos Direitos Fundamentais (FRA) da União Europeia.

Morten Kjaerum, director da FRA, afirmou na apresentação do relatório que a investigação concluiu que homossexuais e lésbicas continuam a enfrentar o assédio, e outras agressões físicas, devido à sua orientação sexual, apesar de a legislação europeia garantir a igualdade no bloco dos 27.

"Estes são sinais alarmantes para a UE, que preza os princípios de tratamento igual e de não-discriminação", disse o responsável à imprensa, no Parlamento Europeu.

O relatório refere que eventos de "orgulho gay" têm sido impedidos na Bulgária, Estónia, Letónia, Polónia e Roménia.

O texto denuncia ainda dirigentes políticos e religiosos em Itália, Hungria, Malta, Bulgária e na República Checa que rejeitaram exigências para uma melhoria dos direitos de homossexuais e lésbicas.

Kjaerum referiu que, de acordo com os escassos dados disponibilizados pelas autoridades nacionais, "muito poucos incidentes" de agressão, de discursos discriminatórios proferidos por figuras públicas ou de ataques verbais terminam numa queixa na polícia.

O relatório, que compila estudos e inquéritos efectuados na Europa, refere que a agressão homofobica é geralmente praticada por grupos de jovens do sexo masculino, existindo também em locais de trabalho, escolas ou estabelecimentos de saúde.

Kjaerum apelou aos países da UE para que melhorem a legislação relativa à igualdade, de forma a diminuir o número de crimes de ódio.


IN JN

Nenhum comentário:

Postar um comentário