No inicio deste ano referi por aqui, que este ano seria um ano muito importante na minha vida. E foi. Foi um ano emocionante desde o primeiro momento até à presente data. Fazendo uma breve análise, passei a passagem de ano internada na maternidade com o meu marido e a minha pequenina ainda na barriga. Eu nunca vos falo do meu marido, mas hoje vou falar. O meu marido é, a pessoa que melhor me entende com um simples olhar, é alguém com quem eu tenho uma forma de comunicação muito própria, e uma cumplicidade única, é o meu ombro direito. Está sempre lá, é a única pessoa que me apoia incondicionalmente em tudo. É um pai amoroso, preocupado e muito dedicado. Daqueles pais que fazem e sempre fizeram tudo aos filhos, desde dar banho, por a dormir, dar a comida, tudo, absolutamente tudo. E durante a gravidez esta faceta de pai babado e dedicado já e evidenciava. Ía comigo a todas as consultas, nem que fosse fazer umas simples analises, ele estava lá comigo. E só não esteve comigo no momento do parto, porque foi cesariana com anestesia geral, devido a algumas complicações que surgiram. E este ano começou dessa forma, lembro-me tão bem, eu deitada na cama da maternidade, ele ao meu lado com uma mão agarrada a minha mão e com a outra na minha barriga. O nascimento da princesinha marcou o inicio deste ano, e eu sabia que isso significava alguma coisa especial, sabia que ía ser um ano fantástico, de algum modo era isto que eu sentia. Não podia estar mais certa disso. Comecei o ano com o melhor presente que a vida nos pode dar, e acabo o ano com aquilo que qualquer assistente social quer, realização profissional. Pois foi, o Natal chegou mais cedo. Vou voltar a fazer aquilo que realmente amo fazer, aquilo que esteve sempre na base da minha experiência profissional: a área da toxicodependência. Não consigo exprimir aquilo que sinto, mas acreditem, é indescritível. Costumo dar conselhos aqui, em alguns livros de visita que frequento, com aqueles com quem troco mails, e existe uma coisa que costumo dizer a todos vós sempre: Nunca desistam dos vossos sonhos. Acreditem e apostem em vocês próprios. Sejam pro-activos, tenham um papel activo no serviço social e na sociedade, porque isso um dia acaba por ser valorizado.
Isto é uma análise deste ano, e acreditem que se comecei o ano da melhor maneira, não poderia acabá-lo de melhor maneira que esta. É tão bom, é tão recompensador sentir que acreditaram e apostaram em nós, e que de certa forma eu consegui transpor quem sou, e o que gosto de fazer. O meu marido que me desculpe, mas este ano, o meu melhor presente de natal, não foi ele que me deu.
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