Ajudar a acabar com a fome custa pouco. Com apenas cinco euros - o valor da inscrição na marcha que vai ter lugar, no domingo de manhã, em Lisboa e Porto e noutras cidades de 65 países - as Nações Unidas conseguem assegurar 25 refeições a crianças pobres.
Promovida pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas - a maior organização humanitária a lutar contra a fome e que, este ano, se propõe ajudar 90 milhões de pessoas em 73 países em desenvolvimento -, a Marcha Contra a Fome começou em 2003 e, dois anos depois, chegou a Portugal. Este ano, terá lugar no domingo, pelas 10 horas, em Lisboa, da Torre de Belém até às Docas de Alcântara, e no Porto, do Cais de Gaia até ao Passeio Alegre. As inscrições são feitas no local e, em troca dos cinco euros, os participantes recebem uma t-shirt com um desenho feito por uma criança do Haiti, onde o PAM teve um papel relevante no início do ano, na sequência do violento sismo que destruiu o país.
Laura Melo, 43 anos, portuguesa que trabalha no PAM há quase nove anos, explica que além da questão financeira - desde que a marcha foi lançada, já mobilizou cerca de dois milhões de pessoas em todo o Mundo e permitiu angariar fundos suficientes para dar refeições, durante um ano, a 190 mil crianças -, esta iniciativa tem como objectivo divulgar o programa de refeições escolares do PAM. "É uma contribuição muito significativa", reconheceu ao JN, por telefone, a partir de Roma, explicando que em países como Portugal, onde o PAM não tem representação, a marcha "é a melhor forma" de divulgar esta causa.
Cinco mil pessoas em 2009
No ano passado, nas acções realizadas em simultâneo em Lisboa e Porto - as marchas têm lugar ao longo de 24 horas, em 24 fusos horários diferentes - participaram cerca de cinco mil pessoas e foram angariados 50 mil euros, o que equivale a 250 mil refeições servidas através do PAM.
A marcha contra a fome - em inglês "Walk the world"- é organizada pelo PAM em parceria com os seus três principais parceiros: a TNT, empresa de correio e entregas expresso, que foi precursora da marcha, inicialmente como uma acção interna destinada a mobilizar os seus colaboradores; a Unilever, um dos líderes mundiais em bens de consumo; e a DSM, empresa de produtos alimentares e nutrição.
Embora a maioria dos fundos seja oriunda de doações governamentais - com os EUA e a União Europeia à cabeça, e também com a participação da Austrália, Canadá, Japão e vários países europeus -, a colaboração das empresas é "muito importante" em termos de know-how e partilha de conhecimento e investigação, explicou Laura Melo.
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de mil milhões de pessoas no Mundo encontram--se subnutridas, a maioria em países em desenvolvimento. Nesses países, uma em cada sete pessoas vai para a cama com fome e a cada seis segundos morre uma criança desnutrida.
Consultar aqui
Promovida pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas - a maior organização humanitária a lutar contra a fome e que, este ano, se propõe ajudar 90 milhões de pessoas em 73 países em desenvolvimento -, a Marcha Contra a Fome começou em 2003 e, dois anos depois, chegou a Portugal. Este ano, terá lugar no domingo, pelas 10 horas, em Lisboa, da Torre de Belém até às Docas de Alcântara, e no Porto, do Cais de Gaia até ao Passeio Alegre. As inscrições são feitas no local e, em troca dos cinco euros, os participantes recebem uma t-shirt com um desenho feito por uma criança do Haiti, onde o PAM teve um papel relevante no início do ano, na sequência do violento sismo que destruiu o país.
Laura Melo, 43 anos, portuguesa que trabalha no PAM há quase nove anos, explica que além da questão financeira - desde que a marcha foi lançada, já mobilizou cerca de dois milhões de pessoas em todo o Mundo e permitiu angariar fundos suficientes para dar refeições, durante um ano, a 190 mil crianças -, esta iniciativa tem como objectivo divulgar o programa de refeições escolares do PAM. "É uma contribuição muito significativa", reconheceu ao JN, por telefone, a partir de Roma, explicando que em países como Portugal, onde o PAM não tem representação, a marcha "é a melhor forma" de divulgar esta causa.
Cinco mil pessoas em 2009
No ano passado, nas acções realizadas em simultâneo em Lisboa e Porto - as marchas têm lugar ao longo de 24 horas, em 24 fusos horários diferentes - participaram cerca de cinco mil pessoas e foram angariados 50 mil euros, o que equivale a 250 mil refeições servidas através do PAM.
A marcha contra a fome - em inglês "Walk the world"- é organizada pelo PAM em parceria com os seus três principais parceiros: a TNT, empresa de correio e entregas expresso, que foi precursora da marcha, inicialmente como uma acção interna destinada a mobilizar os seus colaboradores; a Unilever, um dos líderes mundiais em bens de consumo; e a DSM, empresa de produtos alimentares e nutrição.
Embora a maioria dos fundos seja oriunda de doações governamentais - com os EUA e a União Europeia à cabeça, e também com a participação da Austrália, Canadá, Japão e vários países europeus -, a colaboração das empresas é "muito importante" em termos de know-how e partilha de conhecimento e investigação, explicou Laura Melo.
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de mil milhões de pessoas no Mundo encontram--se subnutridas, a maioria em países em desenvolvimento. Nesses países, uma em cada sete pessoas vai para a cama com fome e a cada seis segundos morre uma criança desnutrida.
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