Dentro
da União Europeia, Portugal continua a ser um dos países com maior
percentagem de casos de co-infeção por VIH/SIDA e tuberculose. O
relatório apresentado pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças indica,
no entanto, que os números continuam a descer.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças publicou esta quinta-feira o relatório
de vigilância e monitorização da tuberculose que revela Portugal como
um dos países com maior número de casos de co-infeção por VIH e
tuberculose na União Europeia (UE), ficando apenas atrás da Irlanda.
Segundo o relatório, o número de testes positivos de VIH para o total de
casos de tuberculose é de 17,6%.O mesmo estudo revela que a taxa de infeção tem vindo a diminuir, tanto a nível europeu como mundial, assim como o número de casos de tuberculose. A este nível, Portugal segue o mesmo caminho, com uma redução acentuada nos últimos anos. Fonseca Antunes, Coordenador do Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose, reforça esta ideia, lembrando que, em termos absolutos, "há um decréscimo nos últimos dez anos em 52% no número de casos de tuberculose associada à SIDA".
Ainda assim, Portugal apresenta um número elevado de novos casos de tuberculose, com 2398 registados em 2010 e um rácio de quase 25 casos por cada 100 mil habitantes. Fonseca Antunes diz-se preocupado com estes números "altos", mas afirma que não podem ser feitas comparações, por exemplo, com a Irlanda, o único país da UE à frente de Portugal, segundo o relatório.
Aquele que é um dos altos responsáveis da Direção Geral de Saúde explica que "a taxa de cobertura destes casos em Portugal foi de 87%, enquanto que na Irlanda, por exemplo, essa mesma taxa foi de apenas 16%, pelo que esta comparação entre os dois países não é muito legítima", remata.
A faixa etária mais afetada pela tuberculose continua a ser a dos 15-44 anos, embora tenha sido também a que mais desceu ao longo da última década, segundo dados do mesmo estudo. Fonseca Antunes acredita que estes números vão continuar a descer, até porque "é uma tendência que se tem vindo a verificar com muita solidez, e os serviços clínicos estão conscientes disso", finaliza.
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