Serei a única a não gostar da época natalícia? Fico zangada quando vejo enormes e excessivos gastos nesta época e depois penso nos "meus" sem-abrigo e todos os outros que de uma forma ou de outra "chamam a rua pelo pronome pessoal", nos meus clientes que ficam esquecidos no lar o ano inteiro e o natal não é excepção, nas crianças por todo mundo que de uma maneira ou de outra são privadas de uma boa alimentação, de afecto, de conforto e segurança, e em todas as formas de desigualdades e exclusão social pelo mundo. E agora que já sentimos o cheiro do natal, nas ruas, nos centros comerciais, e até no mundo dos blogs o natal chegou mais cedo. Vivemos o Natal dois meses mais cedo, se assim fosse com outras datas comemorativas passaríamos o ano inteiro em festa. Não consigo entender tantos sacrifícios nesta época. Como é que é possível que perante uma crise económica tão grande haja tanta gente ainda a contrair empréstimos que não podem sustentar de forma a comprar mais meia dúzia de presentes ou outras tretas natalícias. Obviamente que existe um excesso do fenómeno "crise económica" por parte dos meios de comunicação, mas a crise não desaparece só porque deixamos ou queremos deixar de pensar nela.
Em termos operacionais, é claro que eu quero oferecer a mim mesma aquele relógio lindo e o anel com o mesmo design da CK, mas como sempre na minha vida faço essas compras quando tenho orçamento para isso, e não porque me apetece. Conceitos estes, de certa forma estranhos para alguns portugueses. Não acham um exagero andarmos no supermercado e vermos pessoas com um ou mais carrinhos cheios de brinquedos? A mim faz-me muita confusão.
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