A OCDE revelou ontem os números do desemprego para os seus membros e
avança com uma taxa de 12,9% para Portugal, o que representa um novo
máximo. Segundo os dados da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal sofreu em Outubro a segunda
maior subida da taxa de desemprego (0,6%), a seguir a Espanha (2,3%). A
taxa de desemprego no país é assim a quarta mais alta entre os 34
membros da OCDE.
Só Espanha, Irlanda e Eslováquia tinham taxas de desemprego superiores à
portuguesa, com valores de 22,8%, 14,3& e 13,6%, respectivamente.
No lado oposto, dos países com as mais baixas taxas de desemprego, estão
a Coreia do Sul, com 3,1%, a Áustria, com 4,1%, e o Luxemburgo, com
4,7%.
Os dados revelados ontem pela OCDE mostram ainda que a taxa de
desemprego média na organização subiu dos 8,2% para os 8,3%, em Outubro.
Nas sete maiores economias da OCDE, casos da Alemanha, Canadá, Estados
Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, a taxa também subiu,
passando dos 7,6% para os 7,7% no mesmo mês.
Em Outubro, nos 34 países havia 45,1 milhões de pessoas desempregadas.
Este número representa uma queda face ao mês homólogo de 2010, com menos
1,5 milhões de pessoas desempregadas, mas representa um valor superior
14,1 milhões de pessoas face a Outubro de 2007.
Subsídio O ministro da
Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou ontem
no ministério, depois de um encontro com a Confederação da Agricultura
de Portugal, que os trabalhadores mais velhos e com carreiras
contributivas mais longas, que já têm direito a 18 meses de subsídio de
desemprego, vão manter o direito aos mesmos prazos. Mota Soares explicou
que “as novas regras não se vão aplicar aos actuais desempregados e a
um conjunto de pessoas que hoje estão empregadas”. “Um trabalhador de 40
anos que tenha direito a dois anos de subsídio de desemprego vai manter
esse mesmo direito. O que vai acontecer é que com a nova lei não vai
somar outros direitos àqueles que já tem” e “não verá acrescidos novos
períodos de subsídio de desemprego”.
As novas regras para o subsídio de desemprego foram acordadas no
Memorando assinado com a troika e vão entrar em vigor em 2012. Mota
Soares diz que o executivo pretende salvaguardar “casos especiais, como
os casos de casais com filhos em que pai e mãe estão simultaneamente no
desemprego”. O governo quer ainda baixar o período de trabalho que dá
acesso ao subsídio de desemprego, de 15 para 12 meses. Com Lusa
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