quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

OCDE. Desemprego em Portugal subiu para os 12,9%

A OCDE revelou ontem os números do desemprego para os seus membros e avança com uma taxa de 12,9% para Portugal, o que representa um novo máximo. Segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal sofreu em Outubro a segunda maior subida da taxa de desemprego (0,6%), a seguir a Espanha (2,3%). A taxa de desemprego no país é assim a quarta mais alta entre os 34 membros da OCDE.
Só Espanha, Irlanda e Eslováquia tinham taxas de desemprego superiores à portuguesa, com valores de 22,8%, 14,3& e 13,6%, respectivamente. No lado oposto, dos países com as mais baixas taxas de desemprego, estão a Coreia do Sul, com 3,1%, a Áustria, com 4,1%, e o Luxemburgo, com 4,7%.
Os dados revelados ontem pela OCDE mostram ainda que a taxa de desemprego média na organização subiu dos 8,2% para os 8,3%, em Outubro.
Nas sete maiores economias da OCDE, casos da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, a taxa também subiu, passando dos 7,6% para os 7,7% no mesmo mês.
Em Outubro, nos 34 países havia 45,1 milhões de pessoas desempregadas. Este número representa uma queda face ao mês homólogo de 2010, com menos 1,5 milhões de pessoas desempregadas, mas representa um valor superior 14,1 milhões de pessoas face a Outubro de 2007.
Subsídio O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou ontem no ministério, depois de um encontro com a Confederação da Agricultura de Portugal, que os trabalhadores mais velhos e com carreiras contributivas mais longas, que já têm direito a 18 meses de subsídio de desemprego, vão manter o direito aos mesmos prazos. Mota Soares explicou que “as novas regras não se vão aplicar aos actuais desempregados e a um conjunto de pessoas que hoje estão empregadas”. “Um trabalhador de 40 anos que tenha direito a dois anos de subsídio de desemprego vai manter esse mesmo direito. O que vai acontecer é que com a nova lei não vai somar outros direitos àqueles que já tem” e “não verá acrescidos novos períodos de subsídio de desemprego”.
As novas regras para o subsídio de desemprego foram acordadas no Memorando assinado com a troika e vão entrar em vigor em 2012. Mota Soares diz que o executivo pretende salvaguardar “casos especiais, como os casos de casais com filhos em que pai e mãe estão simultaneamente no desemprego”. O governo quer ainda baixar o período de trabalho que dá acesso ao subsídio de desemprego, de 15 para 12 meses. Com Lusa

Nenhum comentário:

Postar um comentário