terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Dados de 2007 Risco de pobreza manteve-se nos 18% em Portugal
A taxa de risco de pobreza em Portugal manteve-se em 2007 face ao ano anterior, nos 18 por cento, mas a desigualdade na distribuição do rendimento diminuiu ligeiramente, indicam dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística
Os dados resultam do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado no ano passado, incidindo sobre os rendimentos de 2006.
Este indicador corresponde à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a 4.544 euros em 2006 (cerca de 379 euros por mês).
A taxa de pobreza situou-se em 2007 nos 18 por cento, o mesmo valor de 2006, face aos 19 por cento verificados em 2005 e aos 20 por cento de 2004.
Os 18 por cento de taxa de risco de pobreza verificado em Portugal está dois pontos percentuais acima da média da UE a 25 (16 por cento), de acordo com dados do Eurostat para 2006 e actualizados no início deste ano.
No primeiro lugar da tabela europeia estão a República Checa e a Holanda, com 10 por cento, e em último lugar está a Letónia, com 23 por cento. Neste indicador Portugal está à frente de Reino Unido (19 por cento), bem como Itália e Espanha (ambos com 20 por cento).
No indicador da distribuição de rendimentos, a desigualdade em Portugal diminuiu ligeiramente.
Os dados do INE indicam que o rendimento dos 20 por cento da população com maior rendimento é 6,5 vezes maior que o rendimento dos 20 por cento com menor rendimento (face aos 6,8 verificado no ano passado).
Nesse indicador Portugal está mais longe da média europeia a 25 (que é de 4,8 vezes).
De acordo com dados do Eurostat actualizados em Janeiro deste ano, Portugal está em penúltimo da tabela de desigualdade de rendimentos, apenas à frente da Letónia (com um valor de 7,9).
«O coeficiente de Gini [que mede as desigualdades nos rendimentos], com um valor de 37 por cento, evidencia uma ligeira melhoria no distanciamento entre os mais ricos e os mais pobres, apesar de a população residente continuar a caracterizar-se por forte desigualdade na distribuição de rendimentos», indica o INE.
Os dados do Eurostat indicam que a média da UE-25 do coeficiente de Gini é 30 por cento, numa tabela liderada pela Bulgária, Dinamarca, Eslovénia e Suécia (24 por cento) e com a Letónia em último lugar (com 39 por cento).
Por outro lado, as transferências sociais (excluindo as pensões) permitiram reduzir a taxa de pobreza em seis pontos percentuais, um decréscimo em relação aos 7 pontos percentuais que se verificava no ano anterior e há dois anos.
Tal como anos anteriores, indicam os dados do INE, conclui-se que o risco de pobreza afectava sobretudo os idosos, com uma taxa de 26 por cento, seguido da população dos 0 aos 17 anos (21 por cento) e da população dos 18 aos 64 anos (15 por cento).
Analisando o risco de pobreza por composição do agregado familiar, o INE chegou à conclusão que as famílias constituídas por dois adultos com três ou mais crianças apresentavam um risco de pobreza de 43 por cento, enquanto um adulto com crianças dependentes tem um risco de 34 por cento.
Já um idoso (com 65 anos ou mais) a viver sozinho apresenta um risco de pobreza de 37 por cento.
Segundo o inquérito de 2007, o risco de pobreza para a população desempregrada era de 32 por cento (um ponto percentual acima dos 31 verificados em 2006), enquanto a população empregada apresentava um risco de 10 por cento (menos um ponto percentual face aos 11 por cento de 2006).
fonte SOL
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