segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Igualdade do Género






Movimento afirma que as mulheres ainda estão «muito longe dos homens»



O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) considerou hoje que as mulheres ainda estão «muito longe dos homens» em várias áreas da sociedade, explicando que a existem ainda muitas razões para se lutar.



«Surgem ideias que as mulheres já atingiram a igualdade, mas o que a realidade nos mostra é que ainda existem muitas coisas para lutar. Estamos muito longe da igualdade em muitas áreas como a saúde, politica, educação, trabalho»
, disse à Lusa Natasha Amaro, dirigente nacional do MDM.

O MDM realizou hoje, no Barreiro, a festa final das celebrações do seu 40º aniversário, numa ocasião onde existiram apontamentos musicais, leitura de poemas, música erudita e popular, numa sala da Cooperativa Cultural Popular Barreirense completamente cheia.

A responsável explicou também que existem problemas que se mantêm desde a criação do movimento, em 1968, numa sociedade onde a igualdade «ainda não é uma realidade».

«As mulheres recebem em Portugal menos 20 por cento que homens, desempenhando a mesma tarefa, no plano político a participação é inferior aos homens e o que a estatísticas nos diz é que mesmo mais qualificadas a nível académico, as mulheres ficam com postos que exigem menos qualificação», explicou.

«É mais comum ter uma mulher na caixa do supermercado», acrescentou.

Fátima Amaral, também dirigente nacional do MDM, explicou à Lusa que no caso do trabalho existem mesmos «retrocessos na sociedade de hoje» e defendeu também que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez foi uma vitória do movimento, mas referiu que ainda existem problemas.

«A despenalização do aborto foi uma vitória, mas continuam a haver problemas na aplicação da lei e na prevenção. O tráfico mulheres é outro problema antigo, mas que atingiu agora um nível muito elevado», explicou.

Nesta altura estão inscritas no MDM cerca de 5 mil mulheres, com ambas a dirigentes a defenderam que as mulheres deviam aderir mais, apesar de referirem que nem sempre é fácil.

«Faz falta mais mulheres no MDM, pois significa que mais mulheres estão despertas para esta questão da igualdade, mas tem que se criar condições para a participação das mulheres», conclui Natasha Amaro.

As celebrações do 40º aniversário, que começaram em Maio, terminaram hoje com a festa do Barreiro, numa sessão onde o presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, e o presidente da Câmara da Moita, João Lobo marcaram presença.

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