Portugal tinha, em 1980, uma taxa de 11% de gravidez na adolescência (actualmente, é de apenas 5%). Os Açores apresentam hoje dados iguais aos nacionais de há 30 anos.
Os Açores são uma região com um número muito elevado de grávidas adolescentes. É um problema social. Em S. Miguel, existem mesmo alguns “focos” onde este problema é mais visível. Falamos de Rabo de Peixe e Ribeira Grande e, ainda, Lagoa e S. Pedro, em Ponta Delgada.
A gravidez na adolescência é, nos Açores, bem aceite pela jovem e pelos pais desta, ao contrário do que se passa no Continente. De certa forma, este é um factor que ajuda a que os números de jovens grávidas continue a ser bastante elevado no Arquipélago. Segundo André Sampaio, médico ginecologista e obstetra do Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, “uma gravidez numa adolescente bem vigiada, raramente traz complicações, no entanto, estas jovens têm uma prevalência maior de partos pré-termo do que na restante população de grávidas. Há, também, um maior número de bebés prematuros no grupo de grávidas adolescentes. É necessário que se consciencializem desse facto, pois estas jovens, muitas vezes faltam às consultas que não sejam de ecografias. Elas querem é ver o bebé”, refere André Sampaio, que indica ainda que mesmo com consultas de assistente social e de psicóloga gratuitas, as jovens preferem faltar. “A única forma de tentar dar a volta a esta situação é marcando todas as consultas no mesmo dia, seguidas, de preferência. De outra forma, as jovens não aparecem”, diz o especialista.
Nos últimos anos, no entanto, o número de grávidas adolescentes tem diminuído. Em 2006, havia uma percentagem de 10,2% e, em 2007, esse número diminuiu para 10 . Já em 2008, nos primeiros cinco meses, ia em 9,9. Contudo, os dados de 2009 mostram que essa tendência alterou-se, com um crescimento da taxa para os 11%. Houve também um aumento da idade média das jovens. Em 2009, registaram-se poucos casos de grávidas com menos de 16 anos. Ocorreram apenas dois casos de jovens com 14 anos e seis casos de grávidas com 15 anos, “o que é muito bom”, sublinha André Sampaio.
“A maior parte das jovens adolescentes que engravida não faz planeamento familiar, mas, ao receberem a notícia da gravidez, a grande maioria, aceita-a bem. Desde que entrou em vigor a lei da interrupção voluntária da gravidez, tem havido apenas casos pontuais em que a jovem põe termo à gravidez”, adianta o médico.
O exemplo do casal típico da grávida adolescente é “a jovem com idade entre os 13, 14 anos até aos 18, 19 anos, e um namorado, companheiro ou marido mais velho, entre os 21 e os 24 anos, sendo que a maior parte deles trabalha na construção civil. E em 30% dos casos, os pais das grávidas têm a mesma profissão do marido ou do companheiro”, afirma André Sampaio.
Importa, ainda, referir que o Hospital de Ponta Delgada oferece às jovens mães adolescentes, desde 2008, a colocação do Implanon, para prevenção de uma futura gravidez na adolescência.
A gravidez na adolescência é, nos Açores, bem aceite pela jovem e pelos pais desta, ao contrário do que se passa no Continente. De certa forma, este é um factor que ajuda a que os números de jovens grávidas continue a ser bastante elevado no Arquipélago. Segundo André Sampaio, médico ginecologista e obstetra do Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, “uma gravidez numa adolescente bem vigiada, raramente traz complicações, no entanto, estas jovens têm uma prevalência maior de partos pré-termo do que na restante população de grávidas. Há, também, um maior número de bebés prematuros no grupo de grávidas adolescentes. É necessário que se consciencializem desse facto, pois estas jovens, muitas vezes faltam às consultas que não sejam de ecografias. Elas querem é ver o bebé”, refere André Sampaio, que indica ainda que mesmo com consultas de assistente social e de psicóloga gratuitas, as jovens preferem faltar. “A única forma de tentar dar a volta a esta situação é marcando todas as consultas no mesmo dia, seguidas, de preferência. De outra forma, as jovens não aparecem”, diz o especialista.
Nos últimos anos, no entanto, o número de grávidas adolescentes tem diminuído. Em 2006, havia uma percentagem de 10,2% e, em 2007, esse número diminuiu para 10 . Já em 2008, nos primeiros cinco meses, ia em 9,9. Contudo, os dados de 2009 mostram que essa tendência alterou-se, com um crescimento da taxa para os 11%. Houve também um aumento da idade média das jovens. Em 2009, registaram-se poucos casos de grávidas com menos de 16 anos. Ocorreram apenas dois casos de jovens com 14 anos e seis casos de grávidas com 15 anos, “o que é muito bom”, sublinha André Sampaio.
“A maior parte das jovens adolescentes que engravida não faz planeamento familiar, mas, ao receberem a notícia da gravidez, a grande maioria, aceita-a bem. Desde que entrou em vigor a lei da interrupção voluntária da gravidez, tem havido apenas casos pontuais em que a jovem põe termo à gravidez”, adianta o médico.
O exemplo do casal típico da grávida adolescente é “a jovem com idade entre os 13, 14 anos até aos 18, 19 anos, e um namorado, companheiro ou marido mais velho, entre os 21 e os 24 anos, sendo que a maior parte deles trabalha na construção civil. E em 30% dos casos, os pais das grávidas têm a mesma profissão do marido ou do companheiro”, afirma André Sampaio.
Importa, ainda, referir que o Hospital de Ponta Delgada oferece às jovens mães adolescentes, desde 2008, a colocação do Implanon, para prevenção de uma futura gravidez na adolescência.
30% das jovens mães não quer trabalhar
Normalmente quando engravida, a adolescente deixa a escola, por vezes por vergonha, outras vezes usando a gravidez como pretexto para deixar de estudar. Poucas voltam e cerca de 30% das jovens, segundo os dados de um estudo realizado em 2008, “não querem de todo estudar. Querem ficar em casa e, muitas delas não querem mesmo trabalhar”. Ou seja, 30% das jovens que engravidam na adolescência “não quer trabalhar, quer ficar em casa e ser doméstica”.
Notas:
Não sei tudo, aliás eu não sei nada, tenho ainda tão pouca experiência profissional, mas a pouca experiência profissional que tenho não foi atraz de uma secretária, foi a andar em equipas de rua e em contexto de tratamento de mulheres toxicodependentes, ainda vi pouco e escutei pouco, mas já por outro lado vi muito e escutei muito. Já ouvi histórias horriveis em entrevistas ou em atendimento, histórias de abusos, de promiscuidade, de violência e essencialmente histórias de falta confiança em si mesmas, falta de espectativas...
....mas continuo a arrepiar-me toda quando escuto ou leio....
Querem ficar em casa e, muitas delas não querem mesmo trabalhar”. Ou seja, 30% das jovens que engravidam na adolescência “não quer trabalhar, quer ficar em casa e ser doméstica”
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