quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Resolução exige que França suspenda as expulsões de ciganos

O Parlamento Europeu aprovou uma resolução exigindo às autoridades francesas que "suspendam imediatamente todas as expulsões de ciganos".

No texto – proposto pelas bancadas de esquerda e aprovado por 337 votos – os eurodeputados declaram a sua “viva apreensão” com o comportamento de Paris e “de outros países” em relação aos ciganos e lamentam a “reacção tardia e limitada” da Comissão às expulsões. Sublinham ainda que “a retórica inflamada” que tem sido usada “confere credibilidade às declarações racistas e acções da extrema-direita”. A imprensa classificou a iniciativa do Parlamento Europeu um puxar de orelhas “seco” e “muito pouco habitual” a um dos países fundadores da União Europeia.

Desde Janeiro, França repatriou 8300 ciganos romenos e búlgaros, mais de mil só nos “voos especiais” das últimas semanas. Paris alega que o grosso dos repatriamentos são voluntários e conformes à lei comunitária. O ministro francês da Imigração, Eric Besson, viajou para a Roménia, a fim de exigir ao país que adopte um “plano nacional de emergência” para integrar os ciganos.


Observações:

Enquanto contribuinte confesso que algumas coisas me incomodam......vejamos:
No outro dia estava no centro de emprego e entrou um casal cigano com um bebé com cerca de 6 meses aparentemente, a funcionário que estava no balcão fez questão de se levantar ajudá-los a tirar a respectiva senha e claro a senhora teve prioridade porque tinha consigo um bebé de colo....o que achei estranho é que foram chamados logo em seguida e o respectivo marido fez questão de acompanhar a senhora....fica a pergunta quem é que foi atendido??? o marido??? ou ela??? 
Mas o mais estranho acontece quando olhei para traz de mim e reparei numa senhora que tinha um bebé pequeno provavelmente com a mesma idade e estava sentada com o bebé ao colo a dar-lhe frutinha que tinha trazido num recipiente de casa. Aquilo deu-me uma volta ao estomago. Sei o que custa a uma mãe andar de um lado para o outro com o filho atraz e ter que se dar comer respeitando os horarios das crianças muitas vezes em lugares cheios de gente e cheio de confusão. Ora perante esta dualidade de critérios comecei a ficar mesmo incomodada, de tal maneira que eu não conseguia ficar sentada mais um único segundo a ver tal injustiça. Levantei-me, dirigi-me a senhora e disse-lhe: aquele casal que acabou de entrar teve direito a atendimento prioritário porque tinha um bebé ao colo, e porque é que aquela senhora que está com aquele bebé não tem o mesmo direito? A senhora ficou muito atrapalhada e justificou a situação dizendo que não tinha reparado. depois lá se dirigiu a senhora e perguntou qual era o número da senha para ser atendida assim que possível. 
Vejamos outras situações:
Fui trabalhadora estudante....já fiz de tudo....quase tudo....os meus pais são comerciantes ambulantes, vendem nas feiras....e eu sempre trabalhei com eles e sempre ajudei. Nas feiras como sabem existem montes de ciganos que não tem respeito nenhum pelos próprios colegas, tentam roubar os colegas, tentam manipular o uso do espaço. No meu 3º ano de faculdade, mais concretamente no dia 1 de Novembro fui como sempre fazer uma feira com os meus pais. Chegamos ao recinto eram 4h30m da manhã, reparei num silêncio estranho entre os colegas que nos olhavam como se quisessem dizer alguma coisa mas que não pudessem. Quando saio da carrinha reparo que ao meu lado esta uma carrinha que não é habitual estar ali. O dia começa amanhecer e começo a reparar que existe sangue espalhado pelas ervas...quando olho e vejo 2 ciganos que saem da carrinha para começar a montar a banca deles. Derrepente algo me chama a atenção na parte sul do recinto e vejo que o comerciante que habitualmente costumava montar ao meu lado está a tentar montar a banca ali. Em rápidos segundos imagino o cenário todo, assim que volto a olhar vejo os 2 ciganos que estavam ao meu lado a irem em direcção a esse comerciante pegaram numa estaca de ferro e começaram a espancar o senhor. E ninguém fez nada. Chamaram a policia, e sabem o que é que a policia fez??? NADA! Esse comerciante acabou por ter de se ir embora para evitar mais represálias. gastou dinheiro ao deslocar-se, é obrigado a pagar aos empregados na mesma, é obrigado a pagar o uso do espaço como se o tivesse usado, e ainda ficou com sequelas fisicas. E onde é que estava a justiça naquele momento??? 
Assim como uma outra situação que aconteceu numa feira perto de aveiro, em que aconteceu uma discussão entre 2 familias ciganas e começaram a disparar tiros, acidentalmente atingiram uma menina de 10 anos filha de um casal de comerciantes que nada tinha a ver com o assunto, simplesmente estavam no sitio errado, já que estavam muito perto do local. 

Quantas situações de atribuições de subsidios injustas nós conhecemos??? Quantas vezes sentimos que os ciganos e os cidadãos de leste andam constantemente a fazer assaltos e coisas do género e continuam a sair impunes da situação? Muitas vezes. Mas também não acredito que a solução passe pela expulsão destes cidadãos. Acredito sim, que enquanto não se criarem medidas e programas ajustados as realidades locais que nada vai mudar. mas questiono-me, agora são os ciganos, o que é que vai ser a seguir??? Será que temos esse direito??? São seres humanos.

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